Caro amigo,
Meu nome é José Antunes. Tenho 56 anos, dois filhos e um emprego normal. O típico brasileiro comum.
Desde os 18 anos eu concilio meu trabalho com esportes, e posso dizer que eu sempre fui uma dessas pessoas abençoadas que consegue levar uma vida saudável ao lado de uma família que eu amo muito.
E porque desde criança aprendi a ter o hábito de comer legumes e verduras, além de praticar esportes, eu também sempre tive uma dieta muito saudável – sem comidas gordurosas, sem refrigerante, sem doces e com pouquíssimo álcool.
Sendo assim, você pode entender porque eu fiquei CHOCADO quando, em 24 de abril de 2012, meu médico veio até mim e disse que eu tinha diabetes tipo 2.
Foi tudo muito rápido…
Eu estava indo pra casa depois de um dia duro de trabalho quando senti uma forte tontura e acabei desmaiando ali mesmo no meio da rua.
Quando me dei conta estava cercado de pessoas preocupadas, e logo depois fui levado de ambulância para o hospital para fazer alguns exames.
Ainda que eu estivesse preocupado com o que tinha acabado de acontecer… eu achava que poderia só estar desidratado…
Mas… foi então que o médico me disse que o nível de açúcar no meu sangue chegou em preocupantes 600…
E que eu estava correndo risco de ENTRAR EM COMA DIABÉTICO.
A Notícia Que Mudou A Minha Vida
Eu fiquei completamente sem palavras.
“Como isso é possível?” Eu perguntei ao médico. “Como alguém como EU pode ter diabetes tipo 2? Eu sigo uma dieta saudável, eu quase não tenho gordura no meu corpo e meu coração está em ótima forma. Isso não faz o menor sentido.”
Bem, o que o médico me disse é que a diabetes tipo 2 pode aparecer em qualquer um, a qualquer momento… e que isso não tinha nenhuma relação com obesidade, por exemplo, como a mídia faz parecer…
Ele disse que, no meu caso, parecia que meu corpo tinha criado uma imunidade à insulina…
O que significava que as minhas células não conseguiam mais absorver o açúcar no meu sangue.
Então ele me disse para evitar comer açúcar, amidos e carboidratos…
(mesmo que eu já fizesse isso, uma vez que essa dieta já era parte do meu dia a dia)
E me prescreveu uma medicação oral que deveria ajudar meu corpo a “quebrar” a glicose na corrente sanguínea…
Além das doses de insulina, que eu deveria injetar no meu corpo todos os dias.
Bem, se você já foi diagnosticado com diabetes, você vai entender o quão apavorado eu me senti no consultório médico.
Uma vez que você é diagnosticado com diabetes, parece que você recebe uma sentença para toda vida…
E desse momento em diante você entra em uma dieta extremamente rígida, onde você deve parar de comer praticamente tudo que tem sabor e praticamente se tornar um coelho comedor de alface…
Você acorda todos os dias e precisa se enfiar uma agulha enorme, ou engolir um punhado de pílulas cheias de substancias químicas com seus perigosos efeitos colaterais… – Ou os dois!
Olha, é duro aceitar que, por mais aterrorizante que seja… nós diabéticos, estatisticamente falando, morreremos em média até 10 anos mais cedo que uma pessoa que não tem diabetes…
“Você Tem Diabetes”
Então, assim que você ouvir aquelas palavras “você tem diabetes”, é como se um contador começasse a correr na sua cabeça… E você é forçado a viver sabendo que você poderá morrer uma década antes do que deveria.
Que você irá deixar seus entes queridos sozinhos, e que você não estará lá para vários momentos importantes da vida – seja no aniversário dos seus netos ou nas suas bodas de prata ou de ouro com seu marido ou esposa.
É como se a alegria de viver sumisse de repente, e fosse substituída por um sentimento de medo permanente… algo que vai mantê-lo acordado durante noite.
É devastador. Pelo menos para mim foi no dia que recebi a notícia…
E quando minha esposa, Beatriz, estava me levando para casa, eu estava apavorado…
Mas eu me mantive firme!
Eu prometi a mim mesmo naquele momento que, ainda que eu tivesse sido diagnosticado com diabetes…
Isso não iria me impedir de continuar firme trabalhando e dando sustento para minha família!
E, já no próximo dia, depois de me injetar a dose prescrita de insulina e tomar minha medicação oral, mesmo sem estar em plenas condições, voltei à dura rotina no meu trabalho. Afinal, eu tinha contas pra pagar, além de uma mulher, um rapaz e ainda uma bebê para sustentar.
No primeiro dia de trabalho, foi um desastre. Fiquei sem ar e exausto pouco depois de começar… então fiquei muito tonto e quase desmaiei de novo.
“Tudo bem”, pensei. “As coisas irão melhorar assim que a medicação fizer efeito. Tudo ficará bem.”
Mas não foi o que aconteceu. Durante o trabalho, toda vez que a imagem da minha família vinha na minha cabeça, eu ganhava um pouco de força… mas logo em seguida eu voltava a ficar fraco e tonto.
E como eu não podia comer os alimentos que me davam energia e que eram essenciais para o meu bem-estar… eu ficava fisicamente exausto por vários dias.
Além disso, havia algo ainda mais alarmante acontecendo…
O açúcar no meu sangue simplesmente não diminuía!
Mesmo que eu estivesse tomando as medicações, os níveis aumentavam sem parar. Em Janeiro de 2012, os níveis estavam em 650, e 725 no meio de Feveiro.
Meu médico estava muito preocupado – e ele me disse que não sabia o que fazer.
Ele continuava dizendo que o problema estava na minha dieta, mas eu sabia que isso não fazia sentido, já que eu não estava mais comendo açúcares e amidos. Ele continuou me mandando tomar mais remédios, mas a única coisa que os remédios fizeram foi tirar mais dinheiro do meu bolso.
E quando meu nível de açúcar no sangue chegou em 900 no final de Março, tanto meu médico quanto eu ficamos em um enorme estado de pânico.
Então, Aconteceu…
7 de Abril de 2012. Eu estava me sentindo fraco e tonto há dias, e então acordei com uma tremenda dor de cabeça.
A última coisa que eu lembro é de ter entrado na cozinha para tomar um copo d’água…
E então simplesmente apaguei e fiquei inconsciente por horas!
Quando acordei, minha esposa e filhos me explicaram que eu tinha ficado inconsciente por sei horas esperando a ambulância chegar… Que os médicos disseram no telefone que eu provavelmente não iria acordar… E que enquanto meu filho mais velho me segurava, minha mulher já tinha ligado para meus amigos e familiares para dizer que eu estava morrendo e que a ambulância não chegava.
O sentimento de medo era muito grande… “Como isso pode estar acontecendo comigo?” pensei.
“Como pode minha saúde estar desaparecendo assim tão rápido? Como eu lido com o fato de que estou quase morrendo?”
Bem, eu não tinha as respostas para essas perguntas… E mesmo depois que fui liberado do hospital, meu médico avisou a minha família que uma vez que os níveis de açúcar no meu sangue não estavam diminuindo… as chances de eu entrar em coma permanente eram muito grandes… e que dessa vez poderia ser fatal.
“Aproveite o tempo com ele”, ele disse para minha mulher, “Eu não posso garantir quanto tempo ele irá durar.” Foi tão devastador; e eu me senti tão fraco e impotente, confinado na cama do meu quarto esperando a morte chegar…
Lembro que amigos e familiares apareciam constantemente lá em casa, vindo falar comigo como se estivessem se despedindo de mim.
Chegou um ponto em que eu queria morrer de uma vez…
Eu estava cansado dos meus filhos, netos e amigos de infância, todos aparecendo lá, chorando, dizendo “sinto muito”. Eu sempre coloquei minha família em primeiro lugar e meu coração estava destruído por ver aqueles que eu amo sofrendo tanto por minha causa.
Eu cheguei a pensar que talvez fosse hora de aceitar a derrota.
Mas que tipo de exemplo eu estaria dando aos meus filhos se eu desistisse de viver? “Desde que eu saí de casa aos 11 anos de idade para tentar vencer na vida eu mantive minha cabeça erguida, eu passei minha vida inteira tentando vencer.” Pensei. “Será que eu quero que meus últimos momentos sejam lembrados pela minha desistência?”
A resposta era óbvia para mim: NÃO. E então, ao invés de só desistir e morrer, eu decidi usar toda força que eu ainda tinha para lutar contra essa doença devastadora. Dali em diante minha missão de vida passou a ser encontrar alguma nova descoberta capaz de reverter meu diabetes.
Pesquisei em absolutamente todos os lugares que você pode imaginar: artigos científicos, livros, internet, pesquisas acadêmicas, sem contar dezenas de especialistas com os quais eu conversei por telefone ou pessoalmente.
Se em algum lugar do mundo havia algum tipo de tratamento que pudesse me ajudar com os níveis de açúcar no sangue, eu sabia que ia encontrá-lo.
Foi realmente trabalhoso – eu estava tão cansado e exausto que frequentemente eu precisava fazer pausas, ou acabava desmaiando durante a pesquisa…
Mas eu não desisti, e me forcei a continuar lutando atrás de uma resposta…